Foi-se o tempo em que “Qualidade de Vida no trabalho era apenas uma ‘frescura’ do Departamento de Recursos Humanos, que não tinha o que fazer e ficava inventando coisas para tirar dinheiro do empresário”.
As estatísticas demonstram que Qualidade de Vida no Trabalho traz para o empresário mais benefício do que custos.
Proporcionar ao trabalhador um ambiente saudável, tanto físico quanto psicológico, reduz o absenteísmo, aumenta a produtividade e a competitividade no Mercado.
Segundo uma pesquisa feita pelo Hay Group em parceria com o Jornal Valor Econômico em outubro de 2003, intitulada "As quarenta melhores em gestão de pessoas", as melhores empresas em gestão de pessoas destacam-se em rentabilidade; são bem vistas pelos funcionários em seus processos corporativos, no planejamento e na maneira de gerenciamento; e obtiveram média geral favorável de 79% e de qualidade de vida 80%, contra 69% e 52%, respectivamente. Ainda segundo estudos americanos, para cada dólar investido em qualidade de vida dentro das empresas se obtêm um retorno de 2 a 5 dólares (estudos destacados pela OAPCE). Isto em 2003!!!!
No perfil das 100 Melhores para se Trabalhar, destacadas pela revista Exame (2011-2012), 17% dos trabalhadores apontam que Qualidade de Vida é um dos pontos principais para o destaque destas empresas, igualando-se à Remuneração e Benefício.
Enquanto não percebermos que as prioridades hoje mudaram, continuaremos oferecendo salários, em troca de trabalhos pouco salubres, socialmente e psicologicamente frágeis.
Isto não significa apenas implantar Ginástica Laboral ou realizar Análise Ergonômica, cumprindo as exigências da NR 17 ou ainda instalar salas de jogos e academias internas. Mais do que fazer o que a Lei exige, precisamos nos atentar ao que estamos proporcionando: ferramentas adequadas, ambiente saudável, metas coerentes, relacionamentos positivos e um “sobrenome” que lhes dê orgulho (afinal, ao entrar na empresa, este funcionário passa a relacionar o seu nome ao da empresa!).
Com uma taxa de desemprego de 5,8% no Brasil (IBGE, 2011) e de 0,95% em Indaiatuba (PAT, 2012), precisamos oferecer algo a mais para nossos colaboradores. Tanto para reter nossos talentos quanto para atrai-los.
Se, comprovadamente, salários não são estes retentores, o que podemos fazer para trazer e manter estes talentos motivados, produtivos e saudáveis?
Empresas de grande porte, já perceberam esta importância. Nos últimos anos, empresas de pequeno e médio porte, passaram a enxergar este filão para seus negócios.
Dicas de ações que promovem qualidade de vida no trabalho
Na Revista Liderança (Maio/2012), o editor Júlio Clebsch dá algumas dicas de ações que promovam qualidade de vida no trabalho:
1. Antes de tudo, pesquise as necessidades de seus colaboradores. Analise e revise constantemente os benefícios ofertados.
2. Revise as condições de trabalho. Isso inclui a carga de trabalho de cada colaborador e a infraestrutura, incluindo o mobiliário, para garantir as melhores condições possíveis para a realização das tarefas.
3. Inclua a família dos colaboradores nas ações da empresa. Isso auxilia no equilíbrio entre vida pessoal e profissional deles.
4. Mobilize as pessoas para a implementação das ações. Isso afeta diretamente a satisfação do colaborador, que precisa estar envolvido na realização do programa.
5. Dê foco para incentivar o colaborador a participar das ações. Um exemplo: criar um desafio para incentivar os colaboradores a participarem da ginástica laboral, como acompanhamento da evolução da flexibilidade, etc.
6. Invista em ações para ouvir os colaboradores, incluindo a promoção de conversas entre diretores e funcionários. Também é importante sempre valorizar o que eles realizam.
Ou ainda, ações simples e com custos menores, podem ser uma grande alternativa:
• Programas de Prevenção de Acidentes – divertidos, criativos, com jogos e participação de 100% da empresa;
• Programas de Incentivos a Ações de Responsabilidade Social – onde toda a empresa é envolvida, de forma criativa e eficaz;
• Programas de Desenvolvimento – com foco no crescimento profissional e da organização;
• Programas de Qualidade de Vida – com a promoção da saúde física, mental e até espiritual do funcionário.
Ainda existem dúvidas sobre QVT ser um recurso para aumento da produtividade?
Então vamos mudar o foco do funcionário (colaborador ou o nome que queiramos dar ao profissional que se contribui para nosso negócio) para nós mesmos?
O que buscamos quando respondemos a um convite para trabalhar em uma empresa?
Qual o reconhecimento que buscamos?
Salário alto nos faria ficar, independente do ambiente em que temos?